quinta-feira, 31 de março de 2011




Faça o que fizer, não se auto-congratule demais, nem seja severo demais com você.
As suas escolhas tem sempre metade das chances de dar certo.
É assim pra todo mundo.

(Pedro Bial)

sexta-feira, 25 de março de 2011

De Janeiro a Janeiro



Não consigo olhar no fundo dos seus olhos
E enxergar as coisas que me deixam no ar, me deixam no ar
As várias fases, estações que me levam com o vento
E o pensamento bem devagar
Outra vez, eu tive que fugir
Eu tive que correr, pra não me entregar
As loucuras que me levam até você
Me fazem esquecer, que eu não posso chorar
Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
O universo conspira a nosso favor
A conseqüência do destino é o amor, pra sempre vou te amar
Mas talvez, você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor, não será passageiro
Te amarei de janeiro a janeiro
Até o mundo acabar

(Nando Reis)

quinta-feira, 24 de março de 2011

De Verdade!


Ela há muito vive assim, uma vida de não dever nada a ninguém, explicações nunca dá, não recebe ligações para saber onde ela está.
Hoje ela colocou uma saia curta, saiu na rua alguém olhou, ninguém reclamou. Ela seguiu até o trabalho, bom dia, bom dia, boa tarde, até amanhã!
Volta ela e sua saia, volta ao caminho de casa. Dorme ela numa cama vazia, e acorda como foi dormir. Café, pão na chapa, não precisa dividir. O mesmo caminho e bom dia, bom dia, boa tarde, até amanhã!
Fim de semana mais uma vez, o pão inteiro, um litro de leite que dura um mês. 
Triste? Só se ela quiser, só ela permitir que seja.
Cama vazia não é solidão, opção por vezes não, mas condição. Acostuma ou não?
Planos ela faz, sozinha fazer o que? Mas vive assim, se alguém depois merecer dividir com ela aquele pão, ela divide os planos. Senão ela continua, e triste não precisa ser. Amigos aos montes, família boa, marido, casa, filhos, é bom ter, não digo que não. O caso aqui é outro, felicidade de verdade é interior, concorda comigo ou não?
Estrutura de uma casa o que se vê de fora, um belo palácio, o que está por dentro muitas vezes ruínas. Se ela quer viver assim? ‘De verdade não, muito obrigada’. A cama vazia é limpa, a consciência também. Ela volta ao trabalho, e faz o bom dia e a boa tarde valerem à pena, mistura o trabalho com prazer, e dá certo! A casa abraça, o livro faz viajar, os planos completam, a cerveja alegra... Esportes, poesia, novela, estudos... Não importa o que lhe agradar. Mas vive, e vive de verdade, e quando alguém merecer dividir, que aconteça, aprende a viver junto, mas não esquece de viver um tempo só. Um tempo só seu, ninguém nasce, nem vive a vida sempre junto, descobrir o que lhe dá prazer, é um começo.

Sua vida começa e termina em você!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Mais Sorvete!!!






DUAS BOLAS, POR FAVOR - 
por Danuza Leão

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa,contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.
Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.

A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta./


Tem vontade de ficar em casa vendo um dvd, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar./


E por aí vai.


Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...

Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo “errado”.

Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.


Um dia a gente cria juízo.

Um dia...
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate...

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.

quarta-feira, 16 de março de 2011

''Parei, talvez, de odiar o amor. Mas o amor, na verdade, ficou lá. Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava. Amor adolescente, pensei. Com certeza, se eu virar mulher, esse amor bobinho passa. Amor de menina boba. Tratei, então, de virar mulher. Quem sabe mudando de casa, esse amor não se mudava de mim? Nada feito. Casa nova, cama nova, novas contas pra pagar. E o mesmo coração idiota. O mesmo amor de sempre. Coisa chata, não?'' 
(Tati Bernardi)

terça-feira, 1 de março de 2011



"Só você conheceu a mulher corajosa que admitiu todos os medos, todas as neuroses, todas as inseguranças, toda a parte feia e real que todo mundo quer esconder.
Ninguém nunca me viu tão nua e transparente como você, ninguém nunca soube do meu medo de não ser boa o suficiente.
Só você viu meu corpo de verdade, minha alma de verdade, meu prazer de verdade,meu choro embaixo da coberta com medo de não ser bonita e inteligente. Só para você eu me desmontei inteira porque confiei que você me amaria mesmo eu sendo desfigurada, intensa e verdadeira, como um quadro do Picasso. "

Sábia Tati Bernardi