quinta-feira, 24 de março de 2011

De Verdade!


Ela há muito vive assim, uma vida de não dever nada a ninguém, explicações nunca dá, não recebe ligações para saber onde ela está.
Hoje ela colocou uma saia curta, saiu na rua alguém olhou, ninguém reclamou. Ela seguiu até o trabalho, bom dia, bom dia, boa tarde, até amanhã!
Volta ela e sua saia, volta ao caminho de casa. Dorme ela numa cama vazia, e acorda como foi dormir. Café, pão na chapa, não precisa dividir. O mesmo caminho e bom dia, bom dia, boa tarde, até amanhã!
Fim de semana mais uma vez, o pão inteiro, um litro de leite que dura um mês. 
Triste? Só se ela quiser, só ela permitir que seja.
Cama vazia não é solidão, opção por vezes não, mas condição. Acostuma ou não?
Planos ela faz, sozinha fazer o que? Mas vive assim, se alguém depois merecer dividir com ela aquele pão, ela divide os planos. Senão ela continua, e triste não precisa ser. Amigos aos montes, família boa, marido, casa, filhos, é bom ter, não digo que não. O caso aqui é outro, felicidade de verdade é interior, concorda comigo ou não?
Estrutura de uma casa o que se vê de fora, um belo palácio, o que está por dentro muitas vezes ruínas. Se ela quer viver assim? ‘De verdade não, muito obrigada’. A cama vazia é limpa, a consciência também. Ela volta ao trabalho, e faz o bom dia e a boa tarde valerem à pena, mistura o trabalho com prazer, e dá certo! A casa abraça, o livro faz viajar, os planos completam, a cerveja alegra... Esportes, poesia, novela, estudos... Não importa o que lhe agradar. Mas vive, e vive de verdade, e quando alguém merecer dividir, que aconteça, aprende a viver junto, mas não esquece de viver um tempo só. Um tempo só seu, ninguém nasce, nem vive a vida sempre junto, descobrir o que lhe dá prazer, é um começo.

Sua vida começa e termina em você!

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