sexta-feira, 30 de julho de 2010

Pedido de Demissão da Vida Adulta!

Venho por meio desta, apresentar oficialmente meu
pedido de demissão da categoria dos adultos.
Resolvi que quero voltar a ter as responsabilidades
e as idéias de uma criança de 8 anos no máximo.

Quero acreditar que o mundo é justo
e que todas as pessoas são honestas e boas.
Quero acreditar que tudo é possível.
Quero que as complexidades da vida passem
desapercebidas por mim e quero ficar encantada
com as pequenas maravilhas deste mundo.
Quero de volta uma vida simples e sem complicações.

Cansei dos dias cheios de computadores que falham,
montanha de papeladas, notícias deprimentes,
contas a pagar, fofocas, doenças
e necessidade de atribuir
um valor monetário a tudo o que existe.

Não quero mais ter que inventar jeitos
para fazer o dinheiro chegar até o dia
do próximo pagamento.
Não quero mais ser obrigada a dizer adeus
a pessoas queridas e, com elas,
a uma parte da minha vida.

Quero ter a certeza de que Deus está no céu,
e de que por isso, tudo está direitinho nesse mundo.

Quero viajar ao redor do mundo no barquinho de papel
que vou navegar numa poça deixada pela chuva.
Quero jogar pedrinhas na água e ter tempo
para olhar as ondas que elas formam.
Quero achar que as moedas de chocolate
são melhores do que as de verdade,
porque podemos comê-las
e ficar com a cara toda lambuzada.

Quero ficar feliz quando amadurecer o primeiro caju,
a primeira manga ou quando a jabuticabeira
ficar pretinha de frutas.
Quero poder passar as tardes de verão
à sombra de uma árvore,
construindo castelos no ar
e dividindo-os com meus amigos.

Quero voltar a achar que chicletes e picolés
são as melhores coisas da vida.
Quero que as maiores competições
em que eu tenha de entrar
sejam um jogo de bola de gude
ou uma pelada.

Quero voltar ao tempo em que tudo o que eu sabia
era o nome das cores, a tabuada,
as cantigas de roda,
a "Batatinha quando nasce..." e a "Ave Maria"
e que isso não me incomodava nadinha,
porque eu não tinha a menor idéia
de quantas coisas eu ainda não sabia.

Quero voltar ao tempo em que se é feliz,
simplesmente porque se vive
na bendita ignorância da existência de coisas
que podem nos preocupar ou aborrecer.

Quero acreditar no poder dos sorrisos,
dos abraços, dos agrados,
das palavras gentis, da verdade,
da justiça, da paz, dos sonhos,
da imaginação, dos castelos no ar e na areia.
Quero estar convencida de que tudo isso...
vale muito mais do que o dinheiro!

A partir de hoje, isso é com vocês,
porque eu estou me demitindo da vida de adulto.
Agora, se você quiser discutir a questão,
vai ter de me pegar...

Demita-se você também
dessa sua vida chata de adulto,

NÃO TENHA MEDO DE SER FELIZ!!!

( Texto de Maria Clara Isoldi Whyte)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quando?



Hj pela manhã acordei com essa palavra: Quando?

Certezas

Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…
e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,
que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…
e que valeu a pena.

Mário Quintana



Será que eu vou achar meu pote de ouro no fim do arco-iris?
Quando?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Hj é só isso:
"Agora que estou bem...
Tão pouca coisa me interessa!!!"






L'Âge D'Or

Legião Urbana

Aprendi a esperar
Mas não tenho mais certeza
Agora que estou bem
Tão pouca coisa me interessa...

Contra minha própria vontade
Sou teimoso, sincero
Insisto em ter
Vontade própria...

Que a sorte foi um dia
Alheia ao meu sustento
Não houve harmonia
Entre ação e pensamento...

Qual é teu nome?
Qual é teu signo?
Teu corpo é gostoso
Teu rosto é bonito...

Qual é o teu arcano?
Tua pedra preciosa?
Acho tocante
Acreditares nisso...

Já tentei muitas coisas
De heroína a Jesus
Tudo que já fiz
Foi por vaidade
Jesus foi traído
Com um beijo
Davi teve um grande amigo
Não sei mais
Se é só questão de sorte...

Eu vi uma serpente
Entrando no jardim
Vai ver
Que é de verdade dessa vez...

Meu tornozelo coça
Por causa de mosquito
Estou com os cabelos molhados
Me sinto limpo...

Não existe beleza na miséria
E não tem volta por aqui
Vamos tentar outro caminho
Estamos em perigo
Só que ainda não entendo
É que tudo faz sentido...

E não sei mais
Se é só questão de sorte
Não sei mais, não sei mais
Não sei mais...

Oh! Oh!
Lá vem os jovens
Gigantes de mármore
Oh! Oh! Oh! Oh!
Trazendo anzóis
Nas palmas da mão
Oh! Oh! Oh! Oh!...

Não é belo todo
E qualquer mistério
Oh! Oh! Oh! Oh!
O maior segredo
É não haver mistério algum
Oh! Oh! Oh! Oh!...

sábado, 3 de julho de 2010

" De uns tempos pra cá, muita coisa mudou. Deletei um monte de gente da minha vida. Tudo sem um pingo de remorso. Quem me conhece, sabe que eu nunca fui assim. Sempre dei segundas, terceiras e décimas chances pra todo mundo. Sempre compreendi os erros alheios. Chorei e sofri junto. E passei a mão na cabeça de quem fingia querer o meu bem. Estou mentindo? A verdade é que, se me analisarem hoje, eu virei outra pessoa. Sou quase a mesma de sempre, mas sinto que não sou mais boazinha. Minha tolerância acabou, minha intuição fareja à distância uma cabecinha ruim. Não aceito mais ser amiga de stalkers, de gente mal-resolvida e que me ferra pelas costas. Não tenho raiva de ninguém, mas minha prioridade agora é uma só: Eu. Podem me chamar de egoísta, eu aceito. Mas chega uma hora na vida que a gente tem que parar de ser boa com os outros e ser boa – primeiramente - com a gente. Fiquei amarga? Não mesmo. Agora eu sou prática. Vacilou? A porta está aberta, meu bem. Sem dó nem piedade. Outro dia uma amiga me disse uma frase que prometi não esquecer: Quando o “ajudar ao outro” começa a te prejudicar, chegou a hora de parar. OK. Desculpem-me, então, os que larguei à deriva. Salve-se quem puder! (Não é esse o clima?). É, gente, infelizmente, tudo tem seu limite. A gente nunca vai ajudar alguém que (de alguma maneira) quer te prejudicar. É a mesma coisa que salvar quem está afogando. Se bobear, um abraço. Em um minuto, os dois estarão lá no fundo... Acho que deveria ser instituído com amigos igual fazemos com namorado. Uma coisa do tipo: querida, vamos terminar... Acho muito digno. E até saudável. Afinal, se quase nada é eterno, quem disse que amizades não podem chegar ao fim? Eu sempre fui boazinha, admito.
Mas... EU FUI."

(Fernanda Mello)